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Casamentos entre mulheres batem recorde e guarda compartilhada avança nos divórcios do Brasil
O Brasil registrou em 2023 um recorde de 7 mil casamentos civis entre mulheres, alta de 5,9% em relação a 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. O número impulsionou o total de uniões homoafetivas para 11,2 mil, também o maior já registrado na série histórica iniciada em 2013. Desse total, 62,7% foram entre mulheres. Em contraste, os casamentos entre homens caíram 4,9%, somando 4.175.
O levantamento, feito com dados de cartórios e varas judiciais, não inclui uniões estáveis. Desde a Resolução 175 <https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/1754> do CNJ, de 2013, os cartórios são obrigados a registrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Apesar do avanço dos casamentos homoafetivos, o número total de uniões civis caiu 3% em 2023, com 940,8 mil registros. A taxa de nupcialidade também segue em queda e foi de 5,6 em 2023 – menos da metade do índice de 1980.
A idade média ao casar aumentou: homens com mulheres tinham 31,5 anos; mulheres, 29,2. Em casamentos homoafetivos, a média foi de 34,7 anos entre homens e 32,7 entre mulheres. Também cresceu a proporção de cônjuges com 40 anos ou mais e de pessoas que se casam após divórcio ou viuvez.
Os divórcios também aumentaram: foram 440,8 mil em 2023, alta de 4,9% em relação a 2022. A maioria ocorreu por via judicial. A taxa geral de divórcios permaneceu em 2,8 por mil pessoas com 20 anos ou mais. A duração média dos casamentos caiu para 13,8 anos.
Quanto à guarda dos filhos após a separação, houve um avanço significativo da guarda compartilhada, que saltou de 7,5% dos casos em 2014 para 42,3% em 2023, após a promulgação da Lei 13.058/2014. A guarda exclusivamente materna caiu de 85,1% para 45,5%. Nos divórcios de 2023, 46,3% envolviam apenas filhos menores.
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